Batemos na porta da diretoria e ao entrarmos nos deparamos com a imagem de uma mulher acabada, caindo aos pedaços, sem o mínimo de vaidade, não muito diferente de quando nós estudávamos lá.
Diretora Vitória nunca fora uma mulher vaidosa, questionávamos até sua sexualidade, pois até como homem ela parecia se vestir. Ela era bem gorda, com cara de madrasta, o que aumentava ainda mais o medo que os alunos tinham daquela mulher.
Apesar do fato de eu já ter crescido, não queria dizer que eu deixei de ter medo daquela mulher, pelo contrário, como ela ficou mais pavorosa, meu medo aumentou.
- O que vocês querem?
- A senhora tá lembrada de mim, Vitoria?
- Angélica? Angélica Laerte. Voltou depois de tanto tempo! Sabia que depois que você foi embora, não houve nenhum assassinato aqui?
Ela estava me desafiando. Mal sabia ela que eu adorava desafios.
- É mesmo? Quem garante, já que você esconde os corpos das vítimas!
- O que vocês duas querem? Han?
- Maria, a garota que estudava aqui e morreu dentro do banheiro há 30 anos atrás.
- De onde ... de onde você desenterrou essa história? O que vocês querem?
- O espirito de Maria, ou Mary, como ela gosta de ser chamada está vagando em busca de vingança. Mary quer sangue, diretora.
- Quando você acordar, venha aqui de novo. Não está lúcida. Acho que essa daí te ofereceu um baseadinho e você aceitou. - disse, apontando pra Bruna.
Eu fiquei furiosa, alguma coisa em mim despertou. Algo que eu não pude controlar. Subi na mesa onde ela estava e fiquei de joelhos. Com uma mão eu me apoiei e com a outra eu a garrei o pescoço daquela desgraçada e disse:
- Não fala assim da minha amiga, sua vaca!
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