Levei Bruna até a casa dos meus pais. Lá, minha mãe cuidou dela e fez com que ela comesse um pouco.
Depois ela me contou que antes de terminar o ensino médio, um empresário se interessou por ela e sugeriu que ela seguisse a carreira de modelo, mas para isso teria que mudar de país. Quando completou seus dezoito anos fugiu de casa, e largou tudo. Ela ganhara bem, mas o tal empresário queria algo a mais dela, se é que vocês me entendem. Depois que ela abandonou o cara, a mãe dela não a aceitou de volta em casa, e no desespero, Bruna passou a prostituir-se.
- Agora, Bruna, você tem a mim. Você sempre foi a minha melhor amiga!
- Obrigada, Angélica, mas não quero dar trabalho.
- Não vai dar trabalho algum. Você é como se fosse uma irmã pra mim!
- Não sei nem como te agradecer...
- Eu sei. Me ajuda a desvendar o caso da Bloody Mary.
- Essa história de novo, Angélica?!
- Essa garota voltou a me importunar depois de tantos anos. Eu sei agora que ela é um espirito, e eu preciso falar com ela. Me ajuda?
- Tá bem.
*********
(Toca a música do Marilyn Manson - Sweet Dreams ♫)
Na madrugada do dia seguinte àquele, eu acordei e olhei para os lados procurando a Bruna, que dormia no mesmo quarto que eu, mas não a encontrei.
A luz do banheiro estava acesa. Resolvi ir até lá.
A porta estava semi-aberta e dava pra ver a Bruna de joelhos com a cara quase dentro do vaso sanitário. Abri mais a porta e percebi que ela estava enfiando uma escova de dente na boca, tentando vomitar. A minha reação de espantada nem foi com isso, e sim com quem estava perto dela: A Bloody Mary!
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