26 de abril de 2012

Bloody Mary: Cap. 18 - Mas eu sou virgem!



Luan foi enterrado à tardinha do dia seguinte. Juro que eu não sei o que aconteceu, juro mesmo, mas quando eu acordei , ele estava morto do meu lado.

Meu amor estava esfaqueado, ensanguentado, e , provavelmente com o sangue dele, nas paredes estava escrito aquele nome satânico: Bloody Mary, que se repetia mil vezes.

Eu fui presa por isso, mas a culpa foi da Bloody Mary.

Nos jornais, a notícia do cara assassinado por uma prostituta estava bombando. Eu não podia dizer ao contrário, se não pagaria de doida. O lugar e os trajes não tiravam a razão deles.

A pior coisa foi ter que levar a culpa por algo que eu não fiz. Depois ainda ter que enfrentar a Yara.

Ela fez questão de me visitar na prisão.

- Yara? Por favor Yara, eu quero te explicar o que aconteceu.

- A quanto tempo você transava com o meu marido, sua ninfomaníaca?

- Não, eu só queria te ajudar.

- Ahh, colocando um par de chifres na minha cabeça? Que bela ajuda sua vadia! Quer saber? eu tenho nojo dessa tua cara, Angélica.

E saiu, depois de dar uma bela cuspida no meu rosto.

*******

O delegado que cuidou do caso veio falar comigo depois de todos os exames que fiz. Disse que fora encontrada secreção vaginal minha no corpo do Luan.

 - Mas eu sou virgem! - respondi.

- o quê? Uma prostituta virgem? o que você quer? Me sacanear? 

- Não fui em quem matou o Luan. foi a Bloody Mary. Ela fez questão de assinar, como de costume.

- Bloody Mary?! Tavares, leva essa maluca daqui - disse para o policial. - Você Angélica, vai passar um bom tempo aqui.

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